Oito pesquisadoras da Unifesp foram selecionadas para a cartografia 50+ Mulheres Protagonistas, elaborada pelo Open Box da Ciência, projeto da Gênero e Número – organização de análise e divulgação de dados. A plataforma tem como objetivo dar visibilidade à atuação de mulheres no meio científico nacional. Ao todo, foram selecionadas 250 pesquisadoras que se destacaram em suas respectivas áreas de atuação: Ciências Biológicas, Sociais Aplicadas, Exatas e da Terra, da Saúde ou Engenharias. Para a professora Lydia Masako Ferreira, selecionada pelo projeto na área da Saúde, os critérios de seleção de 50 pesquisadoras por área, que incluíam artigos publicados (A1, A2 e B1), ordem nas publicações, prêmios, organização e participação em eventos, reforçam o foco na Ciência, na geração e divulgação de conhecimento de alta qualidade. “Ser classificada como uma das pesquisadoras mais influentes juntamente com outras 49 mulheres da área da Saúde me enche de orgulho pela trajetória percorrida, pela persistência, por representar toda a área cirúrgica da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp) - Campus São Paulo e a cirurgia plástica brasileira, que já tem destaque mundial como especialidade e que agora se solidifica na pesquisa. A equipe multiprofissional da cirurgia plástica da EPM/Unifesp é, também, vencedora”, comemora Ferreira. Também foram selecionadas as professoras da EPM/Unifesp Kátia de Angelis (Fisiologia), Ruth Guinsburg (Pediatria), Helena Bonciani Nader (Bioquímica), Monica Levy Andersen (Farmacologia), Janete Maria Cerutti (Genética), Maria Aparecida Juliano (Bioquímica) e Ana Cristina Gales (Medicina). Sobre a importância da visibilidade da atuação feminina na Ciência, a professora Angelis observa a desigualdade de gênero ainda presente no cenário científico nacional e mundial. “No Brasil, percebemos relativa igualdade de participação de gêneros no início da carreira científica até as primeiras conquistas profissionais. No entanto, há clara sub-representatividade das mulheres em posições de direção, chefia, e/ou de maior prestígio ou remuneração. Apenas 13% dos cientistas na Academia Brasileira de Ciência, considerando todas as áreas, são mulheres”, comenta. “Outro exemplo, são as bolsas de produtividade em pesquisa do CNPq, cujas comissões de escolha são constituídas em quase sua totalidade por homens e que, apesar de em níveis iniciais terem equiparidade entres os gêneros, nos níveis mais altos (1A e 1B) têm nítido predomínio masculino (apenas 20% das bolsas, ou seja 3, do nível mais alto, 1A, foram concedidas a mulheres no Comitê da Fisiologia). Desta forma, é uma honra estar entre as mulheres protagonistas de minha área na plataforma Open Box, uma iniciativa que dá visibilidade a mulheres que se destacam no meio científico nacional”, conclui a professora.
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