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Foto do escritorMonica Levy Andersen

O sono dos atletas durante a quarentena

Atualizado: 23 de ago. de 2021

A importância do descanso para a qualidade de vida e rendimento dos treinos é abordada na matéria do Centro de Treinamento Esportivo (CTE) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)




Por Bruno Freire


Durante a quarentena devido à pandemia da Covid-19, uma das principais dificuldades do público em geral é manter uma boa qualidade de sono. Nesse período, a quantidade de pessoas que reclamam de insônia e de noites mal dormidas aumentou bastante devido às mudanças causadas pelo isolamento social. Os dados divulgados pela Royal Philips no último dia 18 de março (Dia Mundial do Sono) confirmam o que parece ser uma impressão nossa.


De acordo com a pesquisa anual sobre o sono realizada pela empresa, 74% dos entrevistados apresentaram um ou mais problemas de sono, sendo que 50% deles relataram que a pandemia afetou diretamente sua capacidade de dormir bem. Um outro dado que chama a atenção é o fato de que 47% dos entrevistados relatarem acordarno meio da noite. A pesquisa ouviu 13 mil adultos, em 13 países diferentes, entre eles o Brasil.


A preocupação é ainda maior quando nos atentamos à situação dos atletas. Isso porque o sono é fundamental para garantir o nível de desempenho. O processo de recuperação é fundamental para a obtenção de melhores resultados esportivos e, o fator primordial para o processo regenerativo é o sono.


O tema é abordado na edição nº 21 do gibi “Dona Ciência”, de autoria dos professores da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG (EEFFTO-UFMG) e integrantes da coordenação do Centro de Treinamento Esportivo da UFMG (CTE-UFMG), Andressa da Silva de Mello e Marco Túlio de Mello, em parceria com o professor da Universidade Federal de São Paulo, Sergio Tufik, especialistas na área. O gibi é idealizado pela professora Monica Andersen, da Universidade Federal de São Paulo.


A publicação destaca que a recomendação de tempo total de sono entre atletas é de 9 a 10 horas (respeitando as diferenças individuais). Porém, os atletas têm dormido em média 5 horas e meia por dia, sendo que 50% deles se queixam de algum problema de sono e 75% reclamam da má qualidade de sono (acordam cansados).


Segundo a professora Andressa Mello, os principais fatores que contribuem para a queda da qualidade do sono são a ansiedade e as mudanças na rotina e na alimentação, situações comuns durante o período de quarentena. Dentre os problemas gerados por esse fenômeno, estão a diminuição da produtividade durante o dia, alterações no humor e redução das funções do sistema imunológico, que é responsável por proteger o corpo contra doenças.



Andressa Mello é docente do Departamentos de Esportes da EEFFTO/UFMG

Para evitar isso, algumas dicas são dadas pela professora:


* criar uma rotina de sono e evitar sonecas muito longas;

* separar o trabalho da rotina da casa;

* não beber bebidas estimulantes e alcoólicas durante a noite;

* não comer antes de dormir;

* cuidar da saúde mental mantendo contato à distância com amigos e familiares e criando hobbies;

* evitar aparelhos eletrônicos durante a noite.


Dona Ciência


O Dona Ciência é um projeto nacional de apoio à mulher na ciência. O grupo de pesquisadoras é constituído por mulheres e liderado pela professora Monica Andersen. Até o momento, foram publicadas 30 edições de gibis temáticos explicando questões específicas relacionadas à ciência e pesquisa, de maneira didática e acessível, entre esses, o relacionado ao sono dos atletas.


Fonte: CTE/UFMG


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