O enorme desafio de viver casado e ter filhos, pelo que revela a ciência, acarreta benefícios que vão desde uma força a mais para largar os vícios até uma menor probabilidade de ter doenças cardiovasculares.
Casamento e longevidade
Mais de 130 mil pessoas foram acompanhadas por 13 anos antes que pesquisadores da Universidade da Nova Inglaterra, nos Estados Unidos, concluíssem que a união conjugal está ligada a uma queda no risco de infartos e mortes em geral. “Como cumplicidade, um ajuda o outro a superar momentos que podem gerar um estresse nocivo”, avalia Ricardo Monezi, psicobiólogo da Universidade Federal de São Paulo. Sem contar que o parceiro tende a pegar no pé por atitudes como dormir tarde ou beber demais, que afetam o corpo.
E como fica o sono?
Há quem pene para dividir a cama. “Nos homens, ter uma companheira dormindo ao lado deixa o sono mais fragmentado”, afirma Monica Andersen, biomédica do Instituto do Sono, na capital paulistana. Mas, por outro lado, 48% dos paulistanos divorciados se queixam de insônia, índice bem acima da média.
Um exemplo a ser seguido
A frase acima descreve como os pais pretendem ser vistos pelos filhos. E também explica os resultados de um trabalho da Universidade do Estado de Oregon, foi constatado que voluntários entre 20 e os 30 anos tendiam a evitar o uso abusivo de drogas e atitudes criminosas após o nascimento do primeiro descendente. “A paternidade ensina que, para cuidar dos outros, antes é preciso cuidar de si mesmo”, sintetiza Monezi. “Assim, beneficia a saúde dos pais”, arremata.
A psicoterapia artificial
Imagina um aparelho que, através de bobinas, estimula o cérebro e, assim, ajuda a superar uma eventual depressão – sem anestesia nem choques. A técnica já existe, chama-se estimulação magnética transcraniana e está sendo testada com sucesso contra a tristeza sem fim. Aliás, também começa a ser estudada para outros males, como o vício. “No futuro, ela poderá complementar tratamentos convencionais”, diz Wolnei Caumo, professor de farmacologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Fonte: Revista Veja Saúde
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